quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mudanças na Política Portuguesa

Um certo canal (o terceiro a contar do zero) apresenta agora uma espécie de rubrica diária sobre os truques "patéticos" dos políticos, ou melhor, técnicas-resultantes-de-estudos-científicos-para-apelar-ao-sentido-de-voto-do-eleitor-sem-que-para-tal-tenha-sido-feito-ou-dito-algo-concreto-em-termos-políticos, ou seja, marketing. Uns tiram o boné para falar na fábrica, outros pintam escadarias da Univ. Coimbra, outro sobe a uma árvore de fruto, outros ainda não conseguem fazer uma arruada a sério, mas fica na foto o líder rodeado de uma multidão (é uma questão de perpectiva!) etc etc etc (e para não dizerem que não falo do outro que foi mencionada, esse leva seguranças, POIS É QUEM É, e pelos apupos da multidão - facto que parece injusto falar nesta tipologia, neste marketing político, já que não é mencionada alguma prática). 

Antes deste espaço de humor sardónico, tinha passado o comício político mais pequeno do mundo; uma casa um político, duas pessoas, 8 a 10 jornalista. O líder deste movimento político deve ter ficado orgulhoso quando decidiu fazer esta manobra política à qual designou de "comício", mas não devia já que pode ter aberto a caixa de pandora da política. Agora imaginem, tá um gaijo em casa, mais propriamente eu , que depois de oito horas de trabalho me batem à porta, e eu pergunto "Quem é?", ao qual respondem "Faz Favor!", mas faz favor o quê, se eu perguntou quem é, é suposto alguém identificar-se e não sair-se com uma frase de cacá como "faz favor", achas mesmo que vou abrir a porta, quem deve cair nisso são às velhotas. Anyway é melhor ficar como diálogo:
-Quem é?
-É o candidato do P**!
-Ahhhhh, ok, não quero, já tenho TV por cabo
-Mas não é Tv Cabo.
-Tá a vender religião, é que eu comprei três kilos cristianismo esta semana, não preciso de mais.
-Vá lá caro eleitor, tou aqui a porta com três jornalista um sorriso dentagar, um saco de plástico e uma caneta do meu partido, abre por favor para que eu possa debitar um texto previamente escrito por um assessor meu (ou mesmo gestor) cuja formação na área do Marketing e publicidade me garatirá o seu voto de sua esposa e da vizinha cusca do 3º direito, que continua a olhar para mim e o meu rabo desde que entrei no seu prédio.
-É pá não, vá mas é trabalhar. Mas trabalhar à homem, não é pertencer a nenhum quadro administrativo de alguma empresa multinacional.
-Deixe-me entrar e falar com 500 mil empregos de curto acção e efeito que vou criar para o nosso país.
-É pá para ficção, já tenho televisão por cabo, viva aos canais temáticos. P.S. è melhor sair daqui que eu acho que a velha do terceiro direito deve estar preparada para o apalpar e oferecer-lhe um beijo de língua.


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