Disparates escritos no momento, com pouca qualidade e fluidez, sobre música, cinema e tudo o mais que me venha à cabeça enquanto me debato com 640 ideias desorganizadas ao mesmo tempo.
terça-feira, 31 de maio de 2011
domingo, 29 de maio de 2011
O fim do rotativismo semi-perfeito na governação?
Lá estava aquele bonito, pouco audacioso, e internamente previsível grupo de três meninos partidos a "guerrearem" nos média, como crianças distraídas numa sala de aula (na qual o professor não sabe/não pode ou não quer impor ordem), que ao mandarem aviões de papel (talvez submarinos nesta realidade) e a colar papeis nas costas dos colegas a dizer kick me, se exibiam em grande alvoroço, quando de repente apareceu um menino, o maior dos mais "pequenos" (mais propriamente partidos) e discriminados e lá conseguiu que o director da escola (mais propriamente um juiz) impusesse a ordem na sala, ou seja, todos os partidos vão ter direito a serem ouvidos. Cá vai mais uma catrefada de debates em catadupa, tvs a fazerem baicinho, pois afinal de contas as suas telenovelas e reality shows vão ter de dar mais tarde e afectam assim a sua excelente programação, políticos de primeira "linha" (ou será de primeira apanha? de qualquer modo são profissionais e tachados) a indicarem que o preenchido do "calendário de festas" eleitoral ser o factor para não se poderem reunirem com os outros, portugueses a descobrirem que existem mais partidos do que eles gostariam ou conheciam (o POUS ainda anda ai? bolas! só não ainda não vi um partido a incentivar o consumo de fast-food - não se riam que houve uma igreja evangélica pentecostal que teve o Partido da Vassoura a uns anos atrás) tra la la.
Jovem, se queres entrar no fantástico e excitante mundo da política nacional não sigas as tuas convicções, engana-te a ti mesmo e aos outros e escolhe uma Juventude dos 3 grandes (isso ou podes sempre partir cabeças e roubar estações de serviço incorporado numa das "secções de assalto" futebolístico que emanam pelo país como cogumelos, talvez tenhas mais futuro lá), pois o tacho não dá para todos, os vermelhos nunca lá chegaram, só mesmo se se unirem aos "outros" (e assim deixarem de existir) que agoram estão em baixo à espera duma "esparachadela" monumental dos 3 nos próximos quatro anos, para depois chegarem aos míticos 20% e negociar termos favoráveis (riso maquiavélico). Votares no partido das andorinhas, no partido do Aloe Vera ou no "ainda vamos ter um Duque como rei, só que é o do Loulé" será tão útil para ti e para a tua carreira como um buraco no meio da testa. Dá graxa ao teu chefe, vota no partido dele (a seta do Senhor) e se votares noutro não lhe digas (podes também se não gostares de qualquer um desenhar a cara do Chuck Norris e fazeres um quadrado com um X, afinal de contas votaste é isso é que importa para exerceres um cargo político ou uma profissão na "segurança" do Estado - Não, a sério eles vê isso!)
Não à abstenção, não ao voto branco, vota bem, vota mal (esta diferença vem da utilidade do voto que na minha modesta opinião não importa face às convicções das pessoas), mas vota, nem que seja nulo, e lembra-te um voto em Chuck Norris não é nulo, vale por cinco.
Forais - Antes da Reforma Manuelina
Antecedentes da Reforma Manuelina dos Forais
A partir do século XI a promulgação de forais foi contínua, sempre em crescendo até ao reinado de D. Dinis, período no qual este fenómeno afrouxou, ocorrendo em número diminuto a publicação destes diplomas no século XIV[1].
Para a compreensão do abrandamento da concessão destes diplomas é necessário compreender as profundas mudanças ocorridas durante o século XIV no mundo ocidental. Este é o século do aparecimento da Peste Negra, mortandade que eliminou um terço da população da cristandade, desprovendo os campos de grande parte de mão-de-obra, aumentando exponencialmente os salários dos sobreviventes e o preço dos alimentos; neste período desenvolvem-se também as rotas comerciais marítimas, resultantes da ascensão de uma burguesia activa e diligente; aumentou-sedo número de mesteirais, suscitado pelo afluxo de pessoas às urbes; e deu-se o crescimento exponencial de praticas marginais[2].
Neste clima de mudança, os reis portugueses tiveram mais liberdade para implementaram uma série de medidas importantes fulcrais para o reforço da centralização régia. Entre elas incluem-se: o aumento na promulgação de leis gerais do reino, a criação de meirinhos, mais tarde designados por corregedores, por D. Afonso III, e de juízes de fora, por D. Afonso IV, ambos magistrados régios colocados nos concelhos, e a apropriação do monarca da sisa dos municípios[3]. Paralelamente a este processo, decorreu também a complexificação e especialização da administração local. Surgiram novos magistrados nos concelhos, os vereadores, para responder à evolução burocrática do governo do reino, que em conjunto com os outros representantes locais eram escolhidos de entre “um patriciado, burguês e terratenente”, que incluía também nobres e a burguesia letrada[4]. Na escolha destes funcionários intervieram, sempre que possível, os reis e os grandes senhores, laicos e eclesiásticos, procurando assim aumentar o seu controlo sobre o poder concelhio[5].
Mediante as transformações económicas, sociais e políticas deste período, os concelhos iam perdendo progressivamente a sua autonomia jurídica, administrativa e financeira, tornando o conteúdo dos forais, em muitos casos, inútil e perigosamente desajustado da realidade dos séculos XIV e XV. Estes diplomas, redigidos então a dois ou três séculos, empregavam em muitos casos uma linguagem considerada “incompreensível e obsoleta”, o latim[6]; indicavam tributações, moedas, pesos e medidas já desactualizadas com a passagem do tempo e com as diferentes cunhagens e desvalorizações do dinheiro[7]; e algumas destas cartas encontravam-se deterioradas, em muito mau estado para serem consultadas, havendo casos de interpretações intencionalmente incorrectas e de falsificações pelo poder senhorial[8].
Não é deste modo de estranhar que se gerassem várias querelas entre os concelhos e os poderes senhoriais[9], que acabavam decididas pelo poder régio, e consequentemente se verificassem apelos em cortes para a reforma dos forais como solução para os abusos da nobreza. O primeiro desses pedidos registou-se no 106º artigo das cortes de 1472-73, durante o reinado de D. Afonso V, em que os procuradores dos concelhos clamavam ao rei que “seja vossa mercê reformardes (...) e examinardes, e exterpardes todas as bulrras, e enganos de taees Foraees”, mandando recolher “todos os Foraees de vosso Reinno, que huum não fique”, e ordenando que “o Procurador do Senhor dessa Terra, e das vosas, o Procurador dos vosos Feitos, e assi o Procurador do Conselho (...) examine esse Foral velho com o proprio da Torre, e os usos, e costumes, que não per erro, nem per posse, e poderio se costumou de longuos tempos, (...) se cumpra di avante, e tenha por Forall, e os outros costumes errados, e falsuras sejão anuladas, e anicheladas”[10]. Perante este pedido o monarca replica positivamente, delegando ao juiz dos seus feitos a supervisão deste empresa. Esta reestruturação dos forais acabaria por não se suceder devido à concentração de esforços deste monarca na guerra luso-castelhana de 1475-1479[11].
D. João II, antecipando queixas semelhantes às do reinado anterior, que seriam apresentadas nas cortes de 1481-82, decide numa carta régia, de 15 de Dezembro de 1481, mandar recolher todos as cartas de foral para consulta e confirmação pelo Juiz dos Feitos durante um ano, exigindo também às povoações que não possuíssem foral a exibição de um documento que legitimasse a cobrança de portagem e costumagem, os principais geradoras de protestos dos concelhos em cortes[12]. À semelhança do seu antecessor, o Príncipe Perfeito não conseguiu completar o seu projecto, ficando este estagnado na fase inicial de recolha dos diplomas[13].
[1] Cf. Carlos Margaça Veiga, “A Reforma Manuelina dos Forais”, in O Foral da Ericeira no Arquivo-Museu sob a coordenação de Margarida Garcez Ventura, Lisboa, Edições Colibri, 1993, p.35. Em consequência da proliferação deste diploma, no fim da Idade Média todo o reino de Portugal encontrava-se dividido em circunscrições concelhias bem definidas.
[2] Cf. Idem, ibidem, p.35.
[3] Cf. Idem, ibidem, pp.35-38.
[4] Cf. Idem, ibidem, pp.43-44.
[5] Cf. Idem, ibidem, p.41.
[6] Cf. Francisco Ribeiro da Silva, ob.cit., p.227.
[7] Cf. Carlos Margaça Veiga, ob.cit., p.44. Como é patente nesta citação do Foral Novo de Lisboa: “os nomes das moedas e intrinseco valor dellas se nom conheciam” (Carlos Margaça Veiga, ob.cit., p.44, nota 29).
[8] Cf. Foral de Alhos Vedros - Estudo, transcrição paleográfica e notas de Maria Clara Santos e José Manuel Vargas, 1º Edição, [s.l.], Câmara Municipal da Moita, 2000, p.9. Queixavam-se, nas cortes de 1472-73, os procuradores dos concelhos ao rei que os forais eram “oje em dia, e assim todos ou a moor parte, falseficados, antrelinhados, rotos, não autorisados, e os tirão do seu próprio entender” (Francisco Ribeira da Silva, ob.cit., p.228).
[9] Escolhemos como exemplo desta situação apenas um caso entre muitos, ocorrido nas cortes de Santarém de 1430, em que se acusavam os fidalgos de colocaram “em as ditas terras tributos, e costumes novos, que nunca forão per vos (rei) outorgados, nem per outros nenhuns levados” (Foral de Alhos Vedros, ob.cit., pp.9-10).
[11] Cf. Carlos Margaça Veiga, ob.cit., p.47.
[12] Cf. Francisco Ribeiro da Silva, ob.cit., p.229.
[13] Cf. Carlos Margaça Veiga, ob.cit., p.47.
Danke Chico!
ORANGE no SLIDE
utsusu sora
SPONGE no PRIDE
burasakete
SPIDER
kike totta sono yokan wa
kakusanakuta tte ii n da
iro no tsuita yume mitai na
Ride on Shooting Star
kokoro no koe de
sandanjû no yô ni
utai tsutzuketa
GRUNGE no HAMSTER
otona bite
REVENGE no LOBSTER
hiki tsurete
SNIPER
fuchi totta sono sekai ni
nani ga mieru tte iu n da
nerau mae ni sawaritai na
Ride on Shooting Star
kimi o sagashite
kindanshôjô chû
uso o tsuita
Ride on Shooting Star
kokoro no koe
de sandanjû no yô ni
utai tsutzuketa
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La Femme
Lady Kaede: My lord...
Lord Jiro: Yes, sister-in-law?
K: Sister-in-law? After what we've just done?
J: By rights...
K:I really should be your wife.
J:I have a wife... Sue.
K:I'll be merely your concubine?
J:No... no. You're mine. No one else shall have you.Don't cry, Kaede. You won't be just a concubine.
K:As long as Lady Sue remains...
J:I'll attend to her.
K:But how?
J:I'll repudiate her.
K:That's not what I want!After our ecstasy…I can't bear it that another woman...has known your touch.
Such a woman cannot remain alive.
Packs Temáticos Parte XII - Made in Japan
Shinna Ringo
La Salle De Bain
X-Japan
Art of Life
The Pillows
Advice
Malice Mizer
Beast of Blood
Gackt
Sayonara
Tokyo Ska Paradise Orchestra
Lupin The Third Theme
sábado, 28 de maio de 2011
O que é um Foral?
A carta de foral era um diploma concedido pelo rei ou por uma outra entidade senhorial (eclesiástica ou laica) aos moradores de uma povoação, definindo-se certas regalias e privilégios e o funcionamento fiscal e administrativo da localidade[1].
Estes documentos começaram por ser produzidos em consequência da necessidade de reorganizar os territórios recentemente conquistados ao al-Ândalus. Pretendendo o repovoamento destas áreas ou o seu reforço demográfico, as entidades outorgantes trocavam terras para cultivo e certos privilégios pelo pagamento de alguns tributos[2].
Esta forma elementar de foral, que não passa de um contracto de aforamento colectivo, progrediu para um documento no qual se estabelecia os direitos e obrigações dos habitantes da povoação com o seu senhor, definindo-se também alguns aspectos do direito local e da administração municipal[3]. Cada lugar agraciado por um foral gozava então de um “regime jurídico de excepção”[4], onde se definia, por exemplo, as liberdades e garantias da população e dos seus bens, a tributação fiscal, as coimas por uma variedade de crimes e transgressões, os privilégios colectivos, o serviço militar, as obrigações e regalias dos cavaleiros vilãos, a utilização de terrenos públicos, e citações, arrestos e fianças[5].
[1] Cf. Francisco Ribeiro da Silva, “O Foral de Cambra no Conjunto dos Forais Manuelinos”, in Revista da Faculdade de Letras – HISTÓRIA, II Série, Vol. VI, Porto, 1989, p.225.
[2] Cf. Idem, ibidem, p.225.
[3] Cf. Idem, ibidem, pp.225-226.
[4] Cf. Maria José Mexia Bigotte Chorão, Os Forais de D. Manuel (1496-1520), Lisboa, ANTT, 1990, p.7.
[5] Cf. Mário Júlio de Almeida da Costa, “Forais” in Dicionário de História de Portugal, Vol. III, Porto, Livraria Figueirinhas, 1981, p.55. Estas determinações do foral não chegavam para regular o dia-a-dia de uma povoação, como tal continuou-se a recorrer aos foros e costumes vigentes nas localidades.
Burriés na primeira página
"É curioso pensar", disse Austin, passando por cima da pergunta directa, "que o rapaz tirava burriés do nariz quando era pequeno, mas não os comia logo". "Hã?", fez Mister Deluxe. "não os comia logo", acentuou austin, "colava-os à parede para os comer no dia seguinte". Houve uma pausa. "Gostava deles secos", explicou.
O Que Diz Molero
Dinis Machado
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Mudanças na Política Portuguesa
Um certo canal (o terceiro a contar do zero) apresenta agora uma espécie de rubrica diária sobre os truques "patéticos" dos políticos, ou melhor, técnicas-resultantes-de-estudos-científicos-para-apelar-ao-sentido-de-voto-do-eleitor-sem-que-para-tal-tenha-sido-feito-ou-dito-algo-concreto-em-termos-políticos, ou seja, marketing. Uns tiram o boné para falar na fábrica, outros pintam escadarias da Univ. Coimbra, outro sobe a uma árvore de fruto, outros ainda não conseguem fazer uma arruada a sério, mas fica na foto o líder rodeado de uma multidão (é uma questão de perpectiva!) etc etc etc (e para não dizerem que não falo do outro que foi mencionada, esse leva seguranças, POIS É QUEM É, e pelos apupos da multidão - facto que parece injusto falar nesta tipologia, neste marketing político, já que não é mencionada alguma prática).
Antes deste espaço de humor sardónico, tinha passado o comício político mais pequeno do mundo; uma casa um político, duas pessoas, 8 a 10 jornalista. O líder deste movimento político deve ter ficado orgulhoso quando decidiu fazer esta manobra política à qual designou de "comício", mas não devia já que pode ter aberto a caixa de pandora da política. Agora imaginem, tá um gaijo em casa, mais propriamente eu , que depois de oito horas de trabalho me batem à porta, e eu pergunto "Quem é?", ao qual respondem "Faz Favor!", mas faz favor o quê, se eu perguntou quem é, é suposto alguém identificar-se e não sair-se com uma frase de cacá como "faz favor", achas mesmo que vou abrir a porta, quem deve cair nisso são às velhotas. Anyway é melhor ficar como diálogo:
-Quem é?
-É o candidato do P**!
-Ahhhhh, ok, não quero, já tenho TV por cabo
-Mas não é Tv Cabo.
-Tá a vender religião, é que eu comprei três kilos cristianismo esta semana, não preciso de mais.
-Vá lá caro eleitor, tou aqui a porta com três jornalista um sorriso dentagar, um saco de plástico e uma caneta do meu partido, abre por favor para que eu possa debitar um texto previamente escrito por um assessor meu (ou mesmo gestor) cuja formação na área do Marketing e publicidade me garatirá o seu voto de sua esposa e da vizinha cusca do 3º direito, que continua a olhar para mim e o meu rabo desde que entrei no seu prédio.
-É pá não, vá mas é trabalhar. Mas trabalhar à homem, não é pertencer a nenhum quadro administrativo de alguma empresa multinacional.
-Deixe-me entrar e falar com 500 mil empregos de curto acção e efeito que vou criar para o nosso país.
-É pá para ficção, já tenho televisão por cabo, viva aos canais temáticos. P.S. è melhor sair daqui que eu acho que a velha do terceiro direito deve estar preparada para o apalpar e oferecer-lhe um beijo de língua.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
domingo, 22 de maio de 2011
sábado, 21 de maio de 2011
Bélgica ou o estado OB.
Há muito tempo atrás numa cristandade preenchida de problemas, surgiu uma de várias reformas no seio da igreja ortodoxa romana, o protestantismo. Martinho Lutero não queria criar a sua “própria” religião, era mais um que professava a mudança da aplicação da doutrina cristã (já Calvino é outra história), mas graças ao aproveitamento político de alguns príncipes germânicos a coisa saiu pró torto, criando-se uma imensidão de tensões e de violência religiosa que definiram o rumo da Europa e do Novo Mundo para sempre (mas isso fica para outra oportunidade).
O espaço geográfico actualmente ocupado pela Bélgica foi durante a Idade Média como que um court de ténis. Passo a explicar, os condados da zona encontravam-se presos geograficamente entre o reino da França e o Império Sacro Romano, a sua vassalagem oscilava conforme as necessidades e forca de um dos poderes. Depois os jogadores com direito a campo gravitacional passaram a ser a França e o Ducado de Borgonha (eterno aliado de Inglaterra), como o Carlos o Temerário não conseguiu criar o reino da Lotaríngia (que atravessaria a Europa desde o Benelux até Marselha), o território passou para o Império (sob a égide dos Habsburgos) e depois para Espanha (dos nossos amados Filipes) bla bla bla são como os cromos da bola sempre a trocar!
Porquê tanto treco inicial sobre a religião? Vem agora, não se apoquentem! Muito bem, revolução francesa, expansionismo napoleónico e religião. Com a derrota do imperador francês, o mapa da Europa é redefinido no Congresso de Viena, e quinze anos mais tarde as tensões religiosas entre os católicos franceses e os protestantes neerlandeses chegaram a um ponto em que (combinados com o receio de uma expansão francófona) os bifes por bem, sempre por bem, decidiram criar um reino TAMPÃO de seu nome Bélgica. Mais uma vez afirmo, por bem a rainha Vitória, que casou com um primo direito (nada de especial), que era prima direita de D. Fernando II, marido de D. Maria II, coloca num reino recentemente estabelecido como tal, um tio seu, um monarca “desempregado” .
Na altura havia muito reis desempregados, por exemplo a Grécia ao tornar-se independente foi buscar um alemão, que depois vai substituir por outro alemão; já a Roménia faz o mesmo, mas este caso é me mais querido porque a mãe do monarca chama-se D. Antónia, filha de D. Maria II – mundo pequeno; a Bulgária também importa da Alemanha; A Noruega encomenda um filho segundo do monarca da Dinamarca quando se separa da Suécia etc … Haaa, é verdade D. Fernando II foi convidado para rei de Espanha e D. Pedro IV, sogro deste foi convidado para rei da Grécia). EM suma, os reis também se vendiam nas mercearias, se ainda tivessem saída há muitos que não o sendo, mas portando-se e parecendo, podiam ser vendidos e ajudar a aliviar, se não mesmo pagar, a dívida de Portugal.
Lá estava então a Bélgica, um país como muita história e cultura e nenhuma história e cultura como entidade política independente. Um percurso aborrecido desde então que se pode resumir neste termos:
- Temos rei - Sim
- Ganhamos independência da Holanda – Sim
- Metade da população fala francês a outra neerlandês (mais ou menos) – Sim
- Metade é católica e a outra protestante (mais ou menos parte dois) –Sim
- Os flamengos falam neerlandês com sotaque mas dizem que é um língua diferente – Sim
- Os flamengos dizem que tem identidade cultural própria e utilizam esse argumento (juntamente com questões religiosas) para defenderem os seus interesses e fazerem chantagem política com os francófonos – Sim
- Tiveram um colónia (actual Republica Democrática do Congo) que lhes deram os primos ingleses porque não tinham nada e choraram – Sim
- Nessa colónia trataram os habitantes locais com maior descriminação racial do que no Aparthaid Sul-africano, e o pior é que fincaram esses comportamentos na lei escrita (os afrikaners não foram tão naives) - Sim
- A colónia começou por ser um território pessoal do rei, os súbditos é que se chatearam e ele mudou o regime administrativo (e depois o D. Manuel e o D. João III é que eram controladores!) – Sim
- O café na Bélgica é mau, a água de lavar pratos é melhor – Sim
- O chocolate e as waffles são boas – Sim
- Os únicos belgas que todos no mundo ocidental conhecem são personagens de ficção, Hércule Pirot, Tintin e Jean-Claude Van Damme – Sim
- Sim, tou a ser uma besta, também conhecemos o extraterrestre do Pfaff, a Henin e a Clijsters e o Maurice Maeterlinck – Sim
O mundo seria melhor
... se todos nós deixasse-mos o Spartacus que há em nós sair!
P.S. Crasso, Crasso rico como Crasso, e depois a cara do Lawrence Olivier, priceless!
MéDIA e a incapacidade de transmitir a noticia
OU seja, um sujeito começa distraidamente a ver o telejornal (programa do qual se foge porque não tem nada de que se queira ouvir se o sujeito tem como um dos objetivos imediatos manter a sanidade mental) e apanha uma noticia a meio, distrai-se e ouve como final da peça (que era sobre um atropelamento) que "tiveram de abater o casal que puxava a charrete" ... (silêncio de morte na sala) ... isto está assim tão mal que já nem aceitam pessoal num call center e tem de se puxar charretes para ter salário, que se dizer, assim os equídeos vão também protestar para a rua, isto sim seriam manifestações a serio, com m*rda do Campo Pequeno até ao Marquês.
Prontos, pode ser que tivessem indicado que os cavalos que levaram uma pancada do automóvel eram menino e menina, mas falar de um casal e para quem apanhou aquilo a meio foi simplesmente irresistível não fazer troça (Há já outras reportagens feitos por "poetas" no mesmo canal, fatais vencedores de prémios, que cada frase é tão cheia de rebites estilísticos, com tantas e tão belas e tão profundas reflexões sobre tudo, nada e os bacalhaus do aquário Vasco da Gama, que até se tornam vomitantes).
Prontos, pode ser que tivessem indicado que os cavalos que levaram uma pancada do automóvel eram menino e menina, mas falar de um casal e para quem apanhou aquilo a meio foi simplesmente irresistível não fazer troça (Há já outras reportagens feitos por "poetas" no mesmo canal, fatais vencedores de prémios, que cada frase é tão cheia de rebites estilísticos, com tantas e tão belas e tão profundas reflexões sobre tudo, nada e os bacalhaus do aquário Vasco da Gama, que até se tornam vomitantes).
domingo, 15 de maio de 2011
Schadenfreude für einer Minderwuchs
E pronto, era mesmo isto que o duende alado do Sarkozy (alado pois claro! com a mulher que ele tem tem de tar no céu) queria para as próximas presidências, correr contra um Partido Socialista francês ainda mais fraco, debilitado e desunido. É o mesmo que se fazer uma corrida ao pé coxinho com um perneta, de duas pernas ... hum ... talvez a filha do Le Pen o lixe, já que os "nacionalismos" estão moda na união europeia (kudos Finlândia, acabaste por levar na ripa com um vídeo da câmara de Cascais e só respondeste com amor - se isso foi demonstração de superioridade, ficaste a ver navios, porque o mundo ocidental é mais macho mans, Rambos e CHUCK NORRIS).
E o problema é que o sacana do homem já fez este acto, no mínimo, vergonhoso durante a GRANDE CRISE FINANCEIRA de 2008, e com uma funcionária do FMI. Como é agora? Será defendido ou irá para rua? Pra rua nunca vai, tem, como diz o povo, tacho noutro sitio, tacho e ligações poderosas num mundo global e assustadoramente tentacular, que lhe permitiram com que a acusação de 2008 cai-se em saco roto com a demissão apresentada pela vítima. Mas agora não, não há rede de segurança no FMI e quase de certeza no PS francês; o povo tem memoria curta, os média adoram pânico e contoversia e o controlo de danos à credibilidade destas instituições é feroz.
Anyway, é bom que os empréstimos bancários desta entidade supre nacional não implique favores sexuais, porque se tiver quem assina [os acordos] é que dá corpo ao manifesto!
E o problema é que o sacana do homem já fez este acto, no mínimo, vergonhoso durante a GRANDE CRISE FINANCEIRA de 2008, e com uma funcionária do FMI. Como é agora? Será defendido ou irá para rua? Pra rua nunca vai, tem, como diz o povo, tacho noutro sitio, tacho e ligações poderosas num mundo global e assustadoramente tentacular, que lhe permitiram com que a acusação de 2008 cai-se em saco roto com a demissão apresentada pela vítima. Mas agora não, não há rede de segurança no FMI e quase de certeza no PS francês; o povo tem memoria curta, os média adoram pânico e contoversia e o controlo de danos à credibilidade destas instituições é feroz.
Anyway, é bom que os empréstimos bancários desta entidade supre nacional não implique favores sexuais, porque se tiver quem assina [os acordos] é que dá corpo ao manifesto!
sábado, 14 de maio de 2011
Tão cansado, que já acredito que ...
dentro de pouco tempo a luz do sol que recebemos no nosso belo país à beira mar plantado, e o ar semi-limpo que respiramos devem começar a ser taxados.
P.S. è melhor apagar este post que ainda alguém "pode ler" e levar a ideia avante!
P.S. è melhor apagar este post que ainda alguém "pode ler" e levar a ideia avante!
quarta-feira, 11 de maio de 2011
terça-feira, 10 de maio de 2011
Cada tiro, cada coelho
Há por ai, um certo líder, de um certo partido, que certamente quer ser primeiro-ministro, que se saiu com mais um dito certeiro, no seu pé. Pois bem, nada mais do que a "grande e nobre" dos classe dos juízes ter acima deles um gestor. Certamente, ideia fabulosa, que vem de alguém que só sabe "ser" gestor. Pois bem, não infletindo para um partido ou o outro (ou, já agora, para qualquer um que exista a beira mar plantado), a verdade é que não pensar antes de falar geralmente dá trampa, e este senhor deve adquirido os direitos para a utilização da frase "Cada Cavadela, Cada Minhoca", para titulo da sua auto-biografia antes mesmo de perder as eleições, tudo, claro, aconselhado pelo seu gestor.
domingo, 8 de maio de 2011
Peso leve ...
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quinta-feira, 5 de maio de 2011
Idade Média e a Sexualidade (pequena nota com aritemética)
Os interditos litúrgicos
– O domingo e a sua véspera
– As 4ªs e 6ªs feiras
– As 3 Quaresmas:
§ Quaresma propriamente dita
§ Advento
§ Quaresma do Pentecostes
– As festas de santos e outras solenidades
Total: cerca de 130 dias por ano
Os tabus do sangue e da maternidade:
– a impureza da mulher menstruada
– a impureza da grávida
Total: de 36 a 240 dias por ano
Resultados: 4 a 5 relações sexuais por mês, gerando 2 a 3 concepções nos quatro anos considerados.
Pouco fungaga da bicharada, pelo menos dentro da regras!
Ana Maria Rodrigues, “Sexualidade na Idade Média: O «Fruto Permitido» e o «Fruto Proibido», Lição 7 do I Curso Livre - Sexualidade e História, Centro de História da Universidade de Lisboa.
terça-feira, 3 de maio de 2011
Vataça Lascaris - O túmulo de uma princesa Bizantina em Portugal
Segundo Rosa Pomar, o túmulo de Dona Vataça é único pois nele escolhe-se “como decoração única da sua arca as armas imperiais que herdara por via materna”, fenómeno contrário aos outros casos de rainhas, infantas e fidalgas que a autora analisou entre 1250 e 1350, nos quais era escolhido “como forma de identificação pessoal as armas do pai ou do marido”(1). A escolha de Dona Vataça é facilmente explicável pela maior nobreza da linhagem de sua mãe em comparação com a de seu pai.
(1) Rosa Pomar - MEMÓRIA TUMULAR DE RAINHAS, INFANTAS e fidalgas em portugal (1250-1350), p. 13
António Coelho Gasco et Antonio de Abreu, Conquista, Antiguidade, e Nobreza da Mui Insigne, e Inclita Cidade de Coimbra, Lisboa, Impressão Régia, 1805, p. 144.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Hey hey I saved the world today ...
... Everybody´s happy now, The bad things gone away, And everybody´s happy now, The good things here to stay, Please let it stay ...
Bem, eu já vi as fotos dele morto e acho que a sua morte não altera nada, a ideia idiota que a condensação de todo o mal, e do ódio de muitos pelos Estados Unidos, numa só pessoa e que a sua consequente eliminação levará a uma nova era de prosperidade, ou pelo menos de maior segurança, na América é risível.
A Geo-Política mundial alterou-se com o fim da União Soviética (e continua em constante evolução para quem não repara em nada além do que Coelho e Socas dizem), mas ninguém se apercebeu até ao 11 de Setembro, e agora a morte de Bin Laden é capaz de refundar um movimento anti-américa, com ele na figura de martir (ao menos Khadafi já não pode culpar o Osama de instigar mais a revolta na Líbia).
Quem semeia ventos, colhe tempestades.
P.S. Agora não desperdices um bom argumento de campanha eleitoral OBAMA!
domingo, 1 de maio de 2011
Um Casamento Real ... Medieval
A muito tempo atrás quando haviam princesas, príncipes e talvez dragões, quando o reino de Portugal tinha um irmão chamado Algarve (coisa pomposa de se dizer e escrever pois nunca foi de facto reino algum, talvez fosse mais uma espécie de despensa, um anexo, um PEV para um PCP), e reinava um bastardo (que para todos efeitos era como não fosse pois ganhou o trono) chamado D. João I, mais conhecido como Mestre de Avis (AH! é verdade, com este refundador o titulo do rei para a ser Rei de Portugal e do Algarve e senhor de “Cepta” – um enclave, o que acaba por ser mais do que anexo). Este senhor depois de um inicio de reinado de, como dizer … já sei “Bolas, não acredito consegui ser rei!”, e de legitimar o seu poder com a conquista de Ceuta, decide reformar-se. Sim, reformar-se, quem acaba por levar com a pastilha toda é o pobre do D. Duarte (tadinho :( ), que sendo príncipe não o deixavam descansar, tava a almoçar vinham despachos, queria ir a caça vinham despachos, queria dormir la siesta e despachos vinham (primeiro português com uma depressão). Em suma, quem reina, de mandar, governar o país passa a ser o “Eloquente” até a morte do pai, ou seja de 1415 a 1433, tendo depois reinado apenas 5 anos.
O nosso Eduardo não é vampiro mas foi muito soturno (lame !!!!!!!!!!!!!), e casa tarde (37) com D. Isabel, uma aragonesa (princesa? Dragona?), quer dizer ela era tão aragonesa como eu sou traficante de droga colombiano (don´t Google mykitata and Ramon Ortega), isto porque ela era filha de Fernando de Antequera, rei de Aragão escolhido num processo sucessório que levantou muitas dúvidas.
Mas de donde provém essa criatura? Este senhor era filho de Juan I, o tal que perdeu Aljubarrota, era filho segundo e passa com a morte de seu irmão Henrique III a reger o reino, em conjunto com a mãe do novo rei, que ainda é criança. Nesta nova posição conquista terras aos mouros manda currículo a Aragão e consegue ser escolhido depois de três entrevistas, reina pouco tempo, reino passa pró filho mais velho e de repente a sua numerosa descendência, que também é rica em ambos os lados da fronteira (Castela e Aragão), torna-se uma ameaça na Península Ibérica. Portugal ainda tem um dói dói da guerra contra Castela e faz panelinha com Aragão, e então a moça de 28 anos, irmã de Afonso V de Aragão, vem casar a Portugal.
A principio o casamento estava marcado para Évora, mas teve de ser mudado para Coimbra a pretexto da peste, e mais D. João I não foi ao casamento, D. Duarte ficou magoado (a maioria das pessoas nunca irá perceber a sensibilidade e obsessão do planeamento do infante, muitos hoje em dia chamar-lhe-iam anal retentivo) e a pompa e circunstância para impressionar todos os emissários estrangeiros não foi tão espetacular.
[1]Uma carta do Infante Dom Henrique descreve o casamento, sabemos então que o local do matrimónio foi o mosteiro de Santa Clara, o qual foi preenchido por panos brocados carmesim, com a construção de uma galeria da entrada até ao coro (onde “repousava” a rainha Santa Isabel), por onde passaria a noiva, preenchido com panos de arras de cor azul e o chão atapetado. A princesa ficaria na sala do cabido, enquanto o príncipe viria para o mosteiro num pequeno cavalo, com uma rica capa presa por uma esmeralda, rodeado pelos seus irmãos, os infantes, e seguindo por fidalgos bem apetrechados em termos modisticos. Chegando ao edifício, juntam-se os noivos (cada um é levado por dois infantes da casa real portuguesa) no coro e fez-se as bênçãos; D. Fernando, Conde Arraiolos, e a sua mulher a ocupam a dignidade de padrinhos, a missa é rezada e não cantada, sendo que o prato (ou cesta … sei lá!?) do ofertório rendeu duzentas dobras (não sei quanto é na altura ou hoje em dia mas pelo que eu li deu a entender pelas autoras que era muito). O casamento foi uma coisa abafada pelos vistos, muita gente, tochas acesas, cansaço, indumentária pesada e uma noiva que desmaiou, mas lá lhe salpicaram água e Leonor acordou. A noite houve festança, a princesa deslocou-se para o local (não perguntem qual que eu não sei) do jantar num pequeno e manso cavalo branco, com possíveis oferendas do agora marido (isto com um complemento adicional de esta deslocação ser nocturna e a princesas e as damas que a acompanhavam estarem ladeadas escudeiros com sessenta tocas). E tudo acabou bem, graças a Deus.
Desculpem a falta de originalidade na pesquisa, uma única fonte, e o facto de não ter dado ao trabalho de fugir muito a discrição presente no texto no qual me baseei.
[1] A partir da aqui é tudo Margarida Garcez Ventura e Julieta Araújo, D.Leonor de Aragão - A Triste Rainha, Vila do Conde, QUIDNOVI, 2011, pp.18-20.
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