terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Eu e os telemóveis ?_?



Já vos disse que não me dou bem com telemóveis. Com teclas físicas, com touch screen, grandes, pequenos, caros, baratos ou iPhones, todos eles me deixam abananado e o problema é que sou o único (aparentemente). Todos à minha volta usam o telemóvel com uma regularidade e mestria, para mim, impressionante. Telefonam todos os dias para o esposa(o)/ namorada(o), para a amigo(a), enviam mais de 10 sms por dia (muito mais provavelmente), consultam o facebook, as noticias etc … e aparentam ficar muito satisfeitos com tudo isto (enquanto escrevo surge-me a imagem de David Attenborough a descrever comportamentos de animais que observa).  

Desconheço se as práticas de muitas estão ligadas a necessidade, habituação ou vício, mas não há nada que justifique alguns comportamentos por parte de certas pessoas, ou alguém acha normal numa sala vazia um sujeito estar a 10 metros de outro, sem ninguém nas redondezas, e enviar um sms a perguntar se queres almoçar pizza ou bacalhau à Brás … ^_^! (gota de suor incrédulo) … mesmo que a mensagem seja gratuita, é algo muita parvo! 

Há vinte anos nem sequer quinze por cento da população portuguesa tinha telemóvel, e o mundo não parava por isso, chegava-se tarde aos encontros, a casa do trabalho, esquecia-se de compras a fazer, tal e qual como hoje, nada mudou gente, a não ser o facto de todos estarem mais stressados e haver por ai uma crise, que dizem, estar sobre controlo. 

Vejo muitos sem necessidade de usar o telemóvel na sua vida pessoal e profissional, vejo muitos a gastarem uma mensalidade com algo que em termos práticos não necessitam e não compreendo. Talvez sintam um calorzinho por dentro por estarem contactáveis e contactarem outros, ou talvez seja um reforço de alguma tendência maníaca de controlo de terceiros, e talvez, só talvez, não perceba isso por agir como um ouriço caixeiro (hedghogs dilemma).

Eu gosto de falar, gosto muito de falar, até com o espelho, mas mais com pessoas ao vivo, olhos nos olhos, e por muito mais que o telefone/ telemóvel ajude a encurtar distancias, nunca gostei de tal aparelhómetro, sempre senti que é algo limitado, e até mesmo falso (já que a minha voz fica afeminada). Tendo em conta que a minha presente atividade profissional implica usar o telefone todos dos dias, ainda não compreendi como ainda não me habituei … esperem … já sei! Talvez isso ajude a aumentar o desconforto que sinto pelo dito cujo. 

Prefiro escrever cartas e e-mails ou usar o Skype a hablar no telefono.

P.S. É impressão minha ou este blog está-se a tornar ainda mais egocêntrico e o uso da palavra talvez tem de ser taxado para evitar abusos e ajudar a economia nacional.

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