Sempre, acontece-me
sempre, reajo sempre da mesma maneira, e é sempre da maneira que eu não quero. Digo
as coisas erradas, na altura errada à pessoa certa. Não aparento ter jeito
algum para a interação humana mais profunda nem para a mais superficial (conversas
sobre o tempo nas escadas ou elevador são sempre patéticas, mas comigo criou-se
um espécie de nova categoria, uma sub-cave) … pronto lá me safo com o contacto
humano intermédio.
Mas pronto deixando
momentos de auto comiseração para trás, vou
“falar” sobre outros momentos de automatismo emocional, mais propriamente música e reações emotivas extremas.
“falar” sobre outros momentos de automatismo emocional, mais propriamente música e reações emotivas extremas.
Grant Lee Buffalo, nunca tinha
ouvido falar destes gajos até à primeira temporada do House M.D. mas a partir desse momento fiz a minha habitual
escavação arqueológica (“digo” isto já que todos gostam de salientar que oiço
“coisas velhas” – claro que é mentira, oiço coisas boas, e essas são
intemporais), comecei a ouvi-los, e cada vez que oiço o tema “Hapiness”
sinto-me terrivelmente triste, como se tivesse perdido algo de mim num longo processo
existencial, como se uma série de situações nada positivas de muitos anos atrás
voltassem à vida para me assombrar. Bem, creio que é positivo que a letra da
música provoque emoções em mim (não tenho o coração empedernido) e que é
transmitida uma mensagem pelo tema de forma eficaz, mas reagir de tal forma é
aflitivo.
Outros exemplo que
provoca emoções e reações :(, é o “Adagio for Strings” de Samuel
Barber. Em qualquer momento, que esta composição começa a tocar ao fim de
25 segundos surgem-me lágrimas nos olhos, e isto já acontecia desde que me
lembro de mim mesmo. Não tenho consciência de estar associado a nenhum momento
televisivo ou cinematográfico (quer dizer, só depois de ver o Platoon); fiquei sempre como se tivesse
perdido alguém muito especial, como se tivesse aberto um buraco no coração
(malditos violinos!).
(cont.)
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