segunda-feira, 28 de junho de 2010

Por São Jorge !!!


Já que o selecionador nacional de futebol refere os grandes feitos levados a cabo por nós face ao espanhois, sem saber o que está a falar (parece que tudo foi bom, sempre e que continuará a ser), para motivar uma reação aprasiva pelos consumidors do produto transmitidtido por esse meio que é a comunicação social (NÓS), ainda por cima  apoiado pela estátistica oficial das fases finais das competições entre selecções, devemos ficar todos motivados e passar o dia a gritar por São Jorge enquanto esperamos pelo apito inicial, e pela carga frontal da cavelaria catalã?
Tenham juizo, as estátisticas e a história servem para tudo, basta torcer o facto, o dado, o suficiente, ver daquele ângulo mais recto e pumba! já tá, tal como queremos. Se queres motivar os jogadores Mr Mister, não leves o capitão de uma selecção mediocre de raguebi ,que por muito milagre, ganharam o título ... que raio vai ser dito, o segredo de ganhar o mundial ... pois, e todos eles começam a fazer passes para tràs feitos com as mãos, (por essa lógica ficamos reduzidos a oito jogadores nos primeiros vinte e cinco minutos). Não tens grande talento para escolheres oradores motivacionais, pois não? Pronto, mandar os jogadores, divertirem-se com a tropa por um dia é muito útil (ao menos printaram a cara de verde!), colocar um atleta de montanhismo, escuteiro (ainda por cima dos CNE) que ficou sem nariz por andar a escalar montanhas geladas e sem oxigêncio, pode ser um bom serão, mas o que é que isso importa para jogadores da bola, se conseguirem transformar isso em informação que fique no cérebro de uma destas amélias durante mais de cinco minutos ficarei contente. A verdade é que se querem alegrar a selecção não tem de os levar as meninas depois do jogo (ainda por cima a África o Sul não parece ser o lugar ideal para isso), colocar a professora de Mirandela numa conferência pré-jogo, ou lerem o relato do Professor José Hermano Saraiva de alguma batalha vencida por nós, é necessário sim ter noções tácticas, observar o inimigo, maximizar os novos pontos fortes e "tapar" as nossas limitações, já agora dar porrada ao David Villa deve ajudar, Go GO Pedro Mendes Go!!! Go MEirelews, Go, KIck Their Bottom.

Boa Sorte Portugal e Por Jorge !!!
 

P.S. Deus ignore os apelos por Santiago vindo do país vizinho, por favor! 

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Os Retratos do Faium Parte II

Depois de uma considerável espera, decidi colocar aqui o que prometi (por favor ide a abaixo e carregai no video do YouTube para que podeis apreciar um divino tema)

As imagens que "postei" na última quarta ou quinta-feira são retratos fúnebres romanos, pintados sobre tábuas de madeira, colocadas na zona da cabeça da múmia. Sim, se digo romanos, refiro-me ao período pós-Cleópatra (a de Júlio César e Marco António), a este território como propriedade imperial, e a combinação da tradição local da mumificação com esta representação pictórica. 

Antes de mais, a mumificação não é para todos, ter se condição social e monetária é um imperativo, para este e para todas as eras (os retratos abrangem o século II e IV d.C.); segundo, podiamos pensar que  o talento  mumificador deste período seria péssimo, mas os corpos só começavam a ser tratados quando já se encontravam em avançado estado de decomposição, facto explicável pelas prioridades culturais face à morte (uma boa e realista representação do defunto antes de mais, acompanhado uma múmia bem "petrechada", luxuosamente decorada e enfaixada); terceiro, a pintura é feita de dois modos, uso de tempera, água e aglutinante, e Encáustico, cores diluídas em cera fundida, aplicadas a quente ou a frio; quarto, nas celebrações fúnebres, o retrato era levando em procissão pelas ruas da cidade e mais tarde colocado na múmia, quando tal ocorria esta era incluída no banquete funerário; quinto, as múmias era colocadas em casa até se encontrar outro "lar", um túmulo individual (na fase tardia deste fenómeno observamos a inclusão de elementos cristãos nas representações que acompanhavam a múmia no seu túmulo, sendo que muitos destes espaços catacumbas colectivas); sexto, a representação do defunto pretende ser o mais realista possível aquando da data da sua morte (e são-o como comprovou a antropologia forence), dominado claramente as fisionomias mediterrânicas; e sétima e última, resta-nos destas pessoas pouco mais do que o nome a profissão, mas pela sua representação (estilo de cabelo, roupa, jóias) podemos determinar em que período especifico viveu o sujeito (o Mediterrâneo é fantástico não é? Permite que todos seguissem toda a "ditadura" da moda dominante de Roma).

É sempre este aspecto que me deixa mais contido, a memória, não colectiva mas individual .... Um sujeito nasce, cresce, casa, tem filhos, tem bens, tem netos, vai a guerra, morre e a única porra que eu sei dele é o nome, um misero nome, nada mais, deixado num pergaminho, na parte do fim, referente a um escambo ou venda de um bem imóvel, apenas a assinatura de uma testemunha. Ele não fez nada de registo para a história, diram alguns, não ganhou batalhas, não foi fidalgo nem rei, mas existiu, foi alguém, CHOROU, GRITOU, AMOU, ERROU, CANTOU, DANÇOU (de certeza melhor que eu), BORROU-SE, em suma viveu, mas é como não o tivesse feito por não se saber nada dele. A verdade é que a história não deve, não pode ser centrada num homem, numa elite, a história não é também só das massas oprimidas e não indentificáveis, a história é tudo, é global e universal. 

No More "Who controls the past now, controls the future, who controls the present now, controls the past".

Segue-se mais imagens e a dita soundtrack para o post

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Squadra Azzurra ?_?

Uma imagem vale mais do que mil palavras não é?



You can´t always get what you want, but if you try sometimes you get what you NEED

 

Deutschland Über Alles

terça-feira, 22 de junho de 2010

Hourra Pour Le Baguette


QUE SE LIXE, o blog é meu, não é de mais alguém; se me apetece falar de música, acto simples de apreciação com uma pitada de divulgação faço-o; agora não me apetece ser mais calculista e até cínico e tecer comentários, de qualquer tipo que sejam, sobre o valor de temas e álbuns; Sabem que mais, se quero falar do mundial de futebol, como quero, vou faze-lo!

Os Bleus já foram, um grande trudi lú de uma selecção sem eira nem beira em que se agride preparadores físicos e diz-se mal de um treinador com um charme a capacidade intelectual igual a de um babuíno careca e perneta que só consegue comer banana esmagada e aquecida no micro-ondas. Até o "gigante" do Sarkozy deve estar a pensar no sofá, com a italiana "jeitosa" ao lado, que conseguia fazer melhor, quer dizer até eu fazia melhor! Pronto, pronto não fazia, mas o Domenech é mesmo um sujeito como um aparecia de crápula da pior espécie, que se porta de forma pouco ou não profissional com jogadores e com o Carlos Parreira, treinador da África do Sul. Pois pois, na toca de galhardetes pré-jogo o capitão da selecção da casa afirma que os "franceses" (sim, que por mais que a sociedade francesa seja tolerante e evolua rapidamente permitindo uma boa integração dos emigrantes - NOT - parecia que estavamos a ver uma selecção africana) não deviam estar no mundial por causa da bola na mão de Henry, très agréable mas como Raymond Domenech tem pouco ou nada na cabeça e o que tem está sempre ocupado, identificou tal afirmação com a figura do seleccionador oposto, DAHHHHHHHHH. Como perceberam este sujeito é para mim, e sempre foi, mesmo que fosse campeão do mundo, detestável.

Ai, a bendita Húbris encomendada pelos irlandeses foi aplicada, e o país/ cultura (muitas aspas e a  palavra "postiça" pelo meio) de onde ela vem também ficou a ver navios, bye bye grego, ide para casa ajudar o esforço de recuperação financeiro que bem precisam de pessoas empenhadas.

Em suma, Allez Bleus Allez!!!! Con Larent Blanc la victorie c'est possible, a não ser que Maradona seja o treinador e a Argentina, tenha Messi e todos os outros, ainda mais importantes, talentos (afinal de contas um homem não faz uma equipe, mas um treinador é capaz de a destruir ou de a prejudicar por não a conseguir formar).
 

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Fast food e bola

Bem, não espera descarrilar no blog das minhas pretensões musicais/cinematográficas/reflexões pessoais, mas como não é todos os dias que uma selecção nacional ganha com números tão avassaladores, tenho de fazer um parêntesis e falar de bola. 

Pois é a selecção nacional de futebol masculina ganhou o seu segunda jogo na prova máxima desta modalidade de forma avassaladora. Quer dizer os coreanos do norte eram fracos e sabíamos disso, mas muitos de nós esperávamos as mesmas dificuldades que as do desinspirado Brasil na primeira jornada (ainda assim custou a quebrar o muralha de escudos), certo é que os coreanos começaram por aplicar uma pressão mais próxima do meio campo nacional (no caso do Brasil era um camião tire, com oito coreanos lá dentro, estacionado a frente do meio circulo da sua grande área) e demonstraram a sua habitual força anímica proveniente da limpeza e superioridade da sua raça (raça mai limpa não há, diz Pyongyang!), MAS lá foi tudo pela janela quando levaram o primeiro, "lá estão eles a fecharem-se" disse para mim enquanto falava ao telefone, e depois na segunda parte "cada cavadela cada minhoca". 

Será que por tentarem fugir do estágio na África do Sul e serem apanhados é algo que os deixou desmotivados? Quer dizer, é desespero no seu estado mais puro! Quando se quer fugir tentasse sempre escolher as melhores circunstâncias, mas como não foram ao mundial da Alemanha à quatro anos a África do Sul pareceu uma boa opção. Será que fugiram porque foram roubados por pessoal armado com vuvuzelas e decidiram voltar ao estágio (é mau, mas ao menos não fere os ouvidos)? E que estória é essa de terem 24 jogadores num treino? Tá bém eles são fechados, convocam um avançado como guarda-redes para terem lugar para mais um, são todos iguais e tem todos a mesma média de altura, mas isto não será paranóia ocidental? Não, esqueçam, é Pyongyang, provavelmente vão ser maltratados ao voltarem para casa; tem lógica é o massagista, ou senão é uma mulher (a selecção deles ú lálá, essa sim é boa!). 

Também jogar daquela maneira com o Brasil deixo-os todos partidos (viu-se no fim desse jogo e em alguns momentos no jogo com Portugal, mesmo logo no inicio), a Costa do Marfim vai também tentar molhar o bico, vamos é ver se a "Coreia Democrática e Popular" consegue sair com um pingo de honra e dignidade, talvez até jogue o massagista!

KETCHUP E HAMBURGERS à mistura nos festejos do golos (e eu que julgava que o Bebeto em 94 tinha uma celebração parva mas lógica, esta é simplesmente parva) e na forma de jogar, a verdade é que a Coreia tem de esperar mais quatro anos para se vingar de duas fortes derrotas em dois mundiais.


P.S. É um pouco contraproducente colocar imagens que todos conhecem, que serão reproduzida nos próximos dois dias em doses industriais ou abordar, como todos o fizeram na blogosfera, o valor psicológico da vitória para a equipa das quinas, a alegria colectiva ou as incessantes referências tácticas do jogo; afinal de contas é sempre mais giro ter uma ideia aproximada do todo, mesmo que seja parcial, tendenciosa e com pretensões falhadas de cariz humorista.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Os Retratos do Faium

Hoje, é tarde, tenho sono, vou apenas colocar as imagens para suscitar reacções que quem poder ver/olhar este blogue, amanhã explico o porquê destes compenetrantes olhos romanos/ egípcios.

Pequenos, mas Bravos Pardais


Acabei de ler, quer dizer, é uma maneira de falar/ escrever, acabei a uns dias, talvez uma semana de consumir o romance histórico de João Paulo Oliveira e Costa O Império dos Pardais. Pois bem, este é um bom historiador a escrever um interessante romance histórico - pelos vistos uma prática comum no mundo ocidente, que tem a infeliz tendência de apresentar em demasia acção ao gosto de filmes "hollyewoodescos" e induzir o leitor em erros fulcrais (o anacronismo histórico - transposição de uma prática/crença/maneira de pensar que não existe no momento da acção de outro período temporal), mas tal não ocorre neste caso, afinal de contas é o biografo do rei D. Manuel I, da colecção editada pelo Circulo de Leitores, período no qual decorre grande parte da história. O reinado do Venturoso, seguimos os seus mais fieis servidores  na aplicação da estratégia fulcral para o aumento e manutenção do poderio manuelino, tudo isto no meio de acção galopante, sempre descrita de forma a prender o leitor a obra, sendo descritiva nos momentos certos. Tensão constante, jogos de corte, espionagem, contra-espionagem, sexo, espírito de cruzada, amor, tudo numa labareda em que tudo o que parece não o é sempre, exceptuado obviamente o rigor histórico do texto.
Além do mais, existe um papagaio chamdo Eusébio que diz "Benfica, Benfica, mata o Dragão, mata o Dragão" e duelos entre os habitantes de Benfica e Alvalade num jogo de bola, tudo histórico bem explicadinho e provocatório - mais não digo leiam o livro.

Apenas termino revelando o porquê do título do post e do livro, os pardais somos nós, os portugueses, pequeninos mas bravos, que aproveitamos a distração dos outros passaros maiores para criar o nosso império, evitado sempre causar fricção. a imagem que coloquei é talvez referente à nova conjuntura, de D. João III, em que o conflicto não pode ser mais negado - força da-lhe uma bicada.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Packs Temáticos Parte VII - UNPLUGGED

Todas as provas às quais somos colocados durante a nossa "existência" e "passagem" neste pequeno planeta azul, moldam-nos e ao mesmo tempo demonstra-mos a nossa real essência aos que nos rodeiam. É, no mínimo, óbvio, que os temas que escolho "postar" no blog tem a ver directamente com estados de espírito momentaneos, ideias mal medradas e tentativas de apresentação de concepções com cabeça, tronco e membros. Obviamente que o que me motiva leva a que tende a projectar mais, de forma até gritante, temas anglo-saxónicos, mas isso é só uma fase, e desta origem centro-me nos meus projectos de refúgio, ou seja, lugares, para mim, comuns, portos de abrigo perante o, por vezes, atordoante decorrer do dia-a-dia.

Anyway, we got a great post today, primeiro uma banda alternativa, conhecida do Je por causa de um anime, depois alice no país dos grilhões com uma grande malha, segue-se a primeira de duas covers, um bom tema de David Bowie tornado ainda melhor pelos Nirvana, mais Garbage num momento menos bom da sua carreira salvam um tema razoável e tornam-o ainda melhor, ainda mais, Foo Fighters com uma daquelas composições que é um show em concertos; Tori Amos em acapella num dos temas que mais me chocou ao compreender o significado da história e a coragem da cantora; Rádio Macau, primeiro álbum, ainda chavalos, com um tema com força; Hole, de Courtney Love, a roubar um tema de Kurt Cobain (história nada simples que fica para outro post); e para término, John Cale, o ex-Velvet Underground, a  apresentar a versão mais editada e popular de "aleluia" de Leonard Cohen (que alias será a base para a abordagem de Jeff Buckley).

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Os Cristãos-Novos


A Criação


A 31 de Março de 1492 os reis católicos de Castela e Aragão Fernando e Isabel ordenaram a expulsão de todos os judeus do seu território num prazo de quatro meses, sob a pena de morte e confisco de bens. Recebendo inúmeras propostas D. João II decide permitir a entrada dos judeus em fuga em Portugal, sob determinadas condições, levando a entrada de 120000 indivíduos, dos quais apenas 600 famílias se puderam fixar no território nacional, com os restantes a ser escravizados ou expulsos.


O descontentamento da população judaica portuguesa, que antes da fuga de Espanha era de 75000 indivíduos, e da população cristã, em conjunto com a miséria e peste trazida pelos judeus em fuga causou grande mau estar na sociedade portuguesa.


Ao fim do tempo limite, determinado por D. João II, para a estadia temporária em Portugal dos judeus espanhóis, o rei passa a dispor deles como quiser, o que originou situações de abuso.


Com o início do reinado de D. Manuel I a liberdade é restaurada aos judeus, mas o casamento do rei com D. Isabel, filha dos reis católicos Fernando e Isabel, altera a situação. De modo a que se pudesse realizar casamento, a princesa espanhola exigiu ao futuro noivo a expulsão de todos os judeus e mouros do território nacional antes da sua chegada ao reino. Em seguimento desta exigência, a 24 de Dezembro de 1496, D. Manuel I decreta que a saída de destas minorias religiosas se realize num prazo de dez meses. A saída da população moura realiza-se sem problemas mas a saída judaica é dificultada, pela má vontade de D. Manuel I. Segue-se a estes episódios tentativas de conversão não forçada, imediatamente seguidos por uma massiva conversão da comunidade judaica. Este estratagema de D. Manuel I fez com que a exigência da noiva espanhola fosse respeitada e não se perdessem homens nem capitais.[1]


É com a conversão, maioritariamente forçada[2], destes judeus que se passa a empregar o termo cristão-novo na sociedade portuguesa para definir os conversos, termo este que só cairá em desuso com no tempo do Marquês de Pombal.


O Cripto-Judaísmo


Esperando que a aparência do cristão-novo se adapta-se a cristandade D. Manuel I estabelece que ninguém possa inquirir sobre os hábitos dos conversos durante vinte anos, até 1518, sendo mais tarde prolongada até 1534.


Apesar de sinais de integração judaica, como a substituição do nome de próprio e de família por nomes cristãos[3], do casamento com cristãos-velhos[4] e da comparência nas cerimónias de culto cristãs[5], as práticas judaicas continuaram a existir em segredo.


A transmissão das práticas judaicas nas casas dos conversos era feito via oral, tendo as mulheres um papel fundamental. O Cripto-judeu ou marrano[6] caracterizava-se pela prática dos jejuns sagrados do judaísmo, na recitação de orações como a Shelma Israel ou os Salmos sem Glória Final, na crença da chegada do Messias ou pelo simples facto de se afirmar de descendência judaica.[7]


De qualquer modo, até a criação da Inquisição no território nacional em1536, o cristão-novo, devido ao seu novo estatuto, não estava limitado, como estivará enquanto judeu, no acesso a cargos administrativos, a nível municipal e central, à universidade, à vida eclesiástica, à entrada na média e pequena nobreza, à cavalaria das ordens militares e ao direito de vizinhança e de cidadania.


Muitas das actividade ocupadas pelo cristão-novo são quase idênticas aquelas ocupadas pelos não conversos, ou seja, actividades ligadas ao artesanato, ao pequeno e grande comércio.[8]


A hipocrisia dos recém conversos irritou o povo, que continuou a atribuir-lhes os mesmos malefícios que tinha dado aos não conversos.[9] As perseguições aumentarem, instigadas muitas vezes por membros do clero, como no caso do saque aos conversos ocorrido na cidade de Lisboa a 19 de Abril de 1506, instigado por dois frades que deixou a cidade num rebuliço durante dias.

A acção popular contra os conversos foi provocada por certos grupos sociais, talvez estes se sentissem ameaçados com as liberdades concedidas pelo estatuto de cristão aos conversos. Será o statu quo está ameaçado e que era necessário por um “travão” a marcha vitoriosa dos recém conversos?
 

A Inquisição

 
De qualquer modo, de forma a controlar este problema emergente de perseguição aos conversos D. João III decide pedir ao papado a Inquisição, mas só a obtém de modo satisfatório em 1547, passado quase dezasseis anos após o pedido inicial.


Esta demora deveu-se a um conflito entre o rei e os três papas que passaram pelo Vaticano nesse período, que não quiseram criar uma Inquisição segundo os desígnios do rei, ou seja, permitindo um controlo maior por parte do estado português.


Com a inquisição a funcionar os recém-conversos passam a ser alvo de perseguição por crimes de heresia. Este tribunal trata de variados crimes para além de heresia, como o adultério, bigamia, violação de monjas, assassínio, sodomia, fabrico de moeda falsa, apostasia, entre outros.


A obtenção da confissão dos réus envolvia a pratica de tortura, resultando em dois tipos de sentenças de castigos, os reconciliados, aqueles que admitiam os seus delitos e se arrependiam, e os relaxados, “impenitentes ou relapsos”.[10] Dos vários castigos praticados notabilizou-se a morte na fogueira nos autos de fé públicos


A perseguição da Inquisição não envolveu só os cristãos-novos mas também os Cristãos-velhos, que se tinham tornado delinquentes.


A acção repressiva deste tribunal criou receio entre a população, levando mesmo a fuga do território nacional de famílias de conversos para as colónias em Africa e no Indico, para países da Europa central, para a Itália, e mesmo para a zona da Ásia Menor.


Com a acção da Inquisição Portugal ficou a salvo das guerras religiosas que devastaram a Europa mas ao mesmo tempo terá perdido muitos indivíduos competentes em várias áreas do saber de ascendência judaica, terá valido a pena ter-se perdido tão brilhantes mentes?

[1] Cf. António José Saraiva, “Cristãos-Novos”, Dicionário da História de Portugal. Direcção de Joel Serrão, Vol. I A-D, [s.l.], Iniciativas Editoriais, 1971, pp.746-749.isHistória
[2] Não é demais salientar que há vários registos que demonstram o horror vivido pelos judeus na conversão forçada, como, por exemplo, os vários casos de assassínio dos filhos pelos próprios pais, seguido do seu suicídio para o escapar a conversão.
[3] Ao contrário do que é perpetuado no senso comum, os nomes cristãos adquiridos pelos judeus não estão relacionados com nomes de árvores de fruto, mas sim com os nomes de família dos padrinhos de baptismo, que muitas vezes era de ascendência nobre. Sobre este assunto aconselha-se a leitura de António Carlos Carvalho, Os Judeus no Desterro de Portugal, Lisboa, Quetzal, 1999, pp.11-19.
[4] Termo usado para designar os cristãos que sempre o foram, que não se converteram.
[5] Cf. João Lúcio de Azevedo, ob. cit, p.57.
[6] Termos usados para definir um converso que pratica a sua antiga religião.
[7] Cf. Maria José Ferro Tavares, “Cristãos -Novos”, Dicionário de História Religiosa de Portugal. Direcção de Carlos Moreira de Azevedo, Vol. II - C-I, Lisboa, Circulo de Leitores, 2001, p.27.
[8] Vide supre, parte 1.2.4 - Economia Judaica, p.7
[9] Ou seja a atribuição de vários males, como epidemias, crises económicas, más colheitas, entre outras.
[10] Cf. Pe Miguel de Oliveira, História Eclesiástica de Portugal, 2ª Edição revista e actualizada, Lisboa, Europa-America, 2001, p.135

Se alguém me impede de partir eu vou

Isto não é ser do contra, é ser-se livre, mente, espírito, corpo.


Se me apetece ficou onde estou/ Se alguém me impede de partir eu vou// Minha cara sem fronteiras/ Minha estrada sem ter fim/ De cores, não sei, de bandeiras/ Bandeira é branca para mim// Se me apetece ficou onde estou/ Se alguém me impede de partir eu vou// Minha cara sem fronteiras/ Minha viagem sem ter mar/ Percorro a terra inteira/ Não sei o que é uma nação// Se me apetece ficou onde estou/ Se alguém me impede de partir eu vou// Venho da terra de ninguém// E a minha língua não tem país/ O meu nome é alguém/ E vou daqui para o lugar de além/ O meu corpo é tronco sem raiz// Se me apetece ficou onde estou/ Se alguém me impede de partir eu vou

Packs Temáticos Parte VI c) - Grunge ??? COVERS

 O Original

Nirvana Nevermind [1991]
Smells Like Teen Spirit


Paul Anka Rock Swings [2005]



Patti Smith Twelve [2007]




Nirvana In Utero [1993]
Rape Me



Richard Cheese and Lounge Against the Machine Lounge Against the Machine [2000]




O Original 


SoundGarden BadMotorFinger [1992]
"Rusty Cage"



Johnny Cash Unchained [American Recordings Vol. II] [1996]

Packs Temáticos Parte VI b) - COVERS

O Original


The Velvet Underground White Light/White Heat [1968]
Here She Comes Now



Nirvana Here She Comes Now/ Venus In Furs [1991] (Single a meias com The Melvins)




O Original

Focus Moving Waves [1971] (Versão LP-6 minutos- não Single, 3 minutos)
Hocus Pocus



Iron Maiden Diferent World Single [2006]



O Original 


Sonny and Cher Look at Us [1965]
"I Got You Babe"



Joey Ramone & Holly Beth Vincent I Got You Babe Single [1982]




Kiss Dynasty [1979]
I Was Made For Lovin' You


Kate The Cat Love [2006]



domingo, 13 de junho de 2010

ANÚNCIO CLÁSSICO

Não, não tem pastas Couto e pessoas a fazer manobras radicais com a cadeira, o coelhinho não foi com o pai natal ao circo, este é um clássico da animação feita frame a frame com plasticina para um empresa de calças de ganga, que só tenho conhecimento de passar em Portugal na SIC às tantas da manhã em intervalos de filmes dos Maiores de 17, que sim, que vi a horas decentes gravados nos agora antiquados VHS.

Ó Chefe e a Imperial Desta Gente!

Rápido gente o jogo está a começar, vamos apoiar a selecção, beber umas imperiais e comer uns caracóis.


Splodgenessabounds - Two pints of lager & a packet of crisps please [Maxi-Single] [1980]
15 minutos de jogo, Rúben Amorim marca o primeiro de muitos e nós desesperamos pelas jolas

David, why won't you love me?

bem, para quem não sabe eu sou fanático dos Ficheiros Secretos, Best TV Series Ever!, e deixo aqui para outros fans um "beijinho". Como nunca fui um shipper e sempre adorei todas e quaisquer referências feitas a entidade sexy que é David Duchovny (isto soa mais gay do que esperava) e qualquer comentário a desdenhar a ruiva "mai" gira que os aliens encontraram no planeta azul, desde do acidente em Roswell, decidi aqui colar este video, que bem aborda o fanatismo e perda de contacto com a realidade que afecta avidos consumidores de televisão e surfistas de cadeira e monitor. Amor obsessivo por personagens fictícias, bons tempos!

Packs Temáticos Parte VI a) - COVERS

Andei eu a "viajar" com os meus dedos por entre os meus LPs e decidi desencantar alguns temas, que sendo bons foram interpretados por outros, talvez de forma ainda melhor. E como eu gosto de provocar nas pessoas reacções deixo aqui os ditos temas para gáudio de todos e possível interacção.


JERUSALEM

Hoje tou mais romântico (atenção atracção pelo movimento literário do século XVIII e XIX), por isso aturei-me!!!


JERUSALEM de Milton [1804-1810] de William Blake

and now a abordagem de Bruce Dickinson deste poema num grande tema (The Chemicial Wedding [1998], "Jerusalem")

http://www.youtube.com/watch?v=n6MS_OEVnk4

Completamente Abanando


Então à dias "espetei" com o poema O Menino Da Sua Mãe de Pessoa, estava um pouco "perdido" com as comemorações da Implantação da Primeira República, e como é sabido umas das acções levadas a cabo por estas criaturas foi a participação oficial do nosso país na Primeira Grande Guerra (um daqueles actos maravilhosos que foi apelidado na altura como uma acção que terminaria com todas as guerras, tal como a inauguração do telegrafo submarino que ligava a Inglaterra e os E.U.A. na segunda metade do século XIX).

Pois bem (sempre presente esta expressão, não é?), a reflexão sobre as características desse conflito, combinado com a minha perfeita noção dos efeitos das armas de fogo nos corpos humanos, mais o meu estado de espírito a pender para o "cabisbaixismo" deixaram-se de tal maneira ainda mais triste que a leitura e transcrição do mesmo quase que me libertaram de tudo o que ocorria à minha volta e na minha cabeça, um acto de purificação, que não foi suficiente.

Ao cabo de alguns dias, numa insignificante e infrutífera busca no google, deparo-me com isto 1643 portugueses mortos na grande guerra em França e lembro-me que o meu bisavô esteve para ser embarcado para a Flandres, mas o presidente-rei não deixou que mais portugueses fossem enviados devido a uma febre amarela, o algo do género, que dilacerava Lisboa. Ele podia ter estado naquela lista, eu podia não ter nascido, quer dizer, sei que é conversa de chacha, a história do poder podia (se cá nevasse fazia-se cá esqui), mas a noção do peso da estatística na realidade que nos rodeia ("Uma única morte é uma tragédia; um milhão de mortes é uma estatística" José Estaline) deturpado a essência e qualidades das acções/ pessoas/ objectos, a fragilidade da vida humana, a falta de noção/do valor das coisas que comemoramos e celebramos (viva à trivialidade da bola!) deixa-me neste momento, descrito ad nauseam pelos média como de crise, ainda mais sem vontade de escrever, sair e enfrentar o sol.

Eu oscilo muito nos humores/ estado de espírito, voltando sempre, mais tarde ou mais cedo, ao estado intermédio onde tudo de bom e de mau pode acontecer. Desta vez demorou um pouco mais.


Viva ao realismo, viva ao optimismo e viva a REFLEXÃO.


P.S. E agora purificação musical (IRON MAIDEN, Dance of Death [2003] "Passchendaele", sobre a batalha com o mesmo nome)


Os Fins Justificam As Fraudes


Aos olhos de qualquer historiador o uso de um documento escrito para criar, ou reforçar, as bases de uma dada construção histórica, a partir da informação nele existente, requer a confirmação da sua validade histórica. A determinação da validade de um documento requer, para além da sua análise a nível interno, a sua contextualização no tempo e no espaço. Foram exactamente estes dois critérios aos quais se recorreu para a análise e comentário do excerto da Doação de Constantino.

A Doação de Constantino[1] é um documento de grande importância na Idade Média, pois o seu uso beneficiou o papado e os reis e imperadores que a ele se associaram. Tendo grande número de reis bárbaros se assumido como sucessores de Roma, a sua associação ao papado, através deste documento, reforçou o seu poder local[2] e o seu estatuto na cristandade, para a categoria de defensor da Igreja Romana[3].

A Doação é um documento falso[4], forjado no século VIII d.C.[5] pela a Cúria Pontifical Romana, para servir os seus interesses. A primeira menção que é feita ao dito documento ocorre no encontro de 754 d.C. entre o rei franco Pepino, o Breve, e o papa Estêvão II. Neste encontro o papa pede auxílio ao rei dos francos para a defesa de Roma da ameaça lombarda, auxílio esse dado na forma das negociações francas com Astolfo, rei dos lombardos, e do cerco a este em Pavia, em duas ocasiões diferentes. O apoio de Pepino ao papado resulta, não só da menção da doação, mas também, do reconhecimento deste do poder do monarca franco aquando da sua subida ao trono e da consagração do poder deste monarca e dos seus dois filhos pelo papa, durante o encontro já referido[6]. Depois deste conflito, com a vitória franca, Pepino recebe dos lombardos o exárcado de Ravena, entre outros territórios, indemnizações de guerra e tributos[7]. Doando várias terras ao papado, adquiridas aos lombardos, Pepino é a imagem do monarca carolíngio que defende os interesses políticos de Roma, como a sua sobrevivência política, sem a subordinação a qualquer poder temporal, e a expansão dos seus territórios na Península Itálica.
Apesar desta ligação entre Roma e o Francos ser fortalecida com a coroação de Carlos Magno como imperador no ano 800 d.C., a politica dos imperadores carolíngios nem sempre agradou ao papado, que tinham dedicado, em grande parte dos casos, mais tempo às suas conquistas fora da Península Itálica e à expulsão dos muçulmanos deste território do que à política expansionista de Roma.
Com o fim da ligação entre Roma e a dinastia carolíngia a coroa imperial não tenderá a ficar vaga por muito tempo.

Em termos de análise interna, a doação encontra-se dividida em dois momentos, a Confessio e a Donatio[8]. No primeiro dos quais explica-se como é que o imperador através do baptismo, feito pelo papa Silvestre, se curou da lepra. No segundo refere-se as várias doações que o imperador fez a Silvestre, e a todos os seus sucessores, como recompensa pela sua cura, como: a primazia sobre as quatro mais importantes cidades cristãs do oriente do Império (Alexandria, Antioquia, Jerusalém, Constantinopla) e sobre todas as igrejas do mundo[9], o reconhecimento como o mais importante representante da cristandade, a exclusividade no trato de assuntos relativos à fé, ao culto e a estabilidade cristã, o palácio de Latrão, a cidade de Roma, as províncias das regiões ocidentais, incluído Itália, e a coroa do imperador[10]. De todas as doações apenas o diadema, ou seja a coroa imperial, não foi usada, pois o papa não desejava sobrepô-la à sua tonsura, em vez disso passou a usar o phrigium, de cor branca, associada à ressurreição.
É necessário, antes que se progrida mais sobre a questão das doações, referir que o recurso à imagem do imperador Constantino (274-337 d.C.) para figurar neste documento segue a lógica do período em que foi escrita. Ao proclamar tolerância religiosa no império, através do Édito de Milão, ao criar legislação com base na consciência cristã e retirar legislação que a ela era contrária, ao decretar os domingos como feriados e ao construir em Roma, Belém, Jerusalém e Constantinopla basílicas, Constantino fica na história como o imperador romano defensor da cristandade[11]. Sendo assim, era logicamente possível que todas as doações que este, supostamente, faz no texto em questão fossem reais.

De todas as doações que o papa recebeu a mais relevante foi a coroa imperial, pois é o elemento que determina e identifica o imperador, e como este objecto é pertença do papa ele tem o poder de retirá-lo se quiser[12]. O que significa que o poder do imperador de Bizâncio mantinha-se por aceitação papal, alias a sua capital, Constantinopla, só era uma urbs regia porque o papa permitiu que a sua coroa fosse para essa cidade, além de que o império do Oriente só era romano porque a coroa do imperador vinha da cidade de Roma. Tudo isto demonstra como a Doação de Constantino tem um forte carga ideológica que combate Bizâncio, muito porque estes não se subjugavam ao bispo de Roma, com quem tinham conflitos de interesses[13].

Ainda quanto à análise interna há que referir que o documento justifica a transferência de capital administrativa romana para Constantinopla, por parte de Constantino, pelo facto de este não considerar ser apropriado que o imperador resida na mesma cidade em que se encontra o representante mais alto do cristianismo católico. E que a doação baseia-se num outro texto, a Legenda sancti Silvestri, que é uma versão romântica do baptismo de Constantino[14]. Base esta que permitiu a presença de pormenores de indumentária e de ideologia realistas no documento em análise.

Para concluir, é mais que obvio que durante um longo período de tempo a Doação de Constantino foi usada pelo papado como uma forma de reivindicar territórios que, supostamente, lhe pertenciam por direito. Além disso, a ideologia presente no documento pretende fazer inicialmente frente a Bizâncio, e mais tarde ao Ocidente, através da ideia chave da superioridade do poder espiritual sobre o temporal, da Igreja sobre os reis, que determina o dever do imperador como defensor de Roma, que recebe esse poder por favor divino e não como um direito, ou seja, o uso da coroa dependia da aprovação papal.


[1] Constitutum domni Constantini imperatoris no original latim.
[2] Neste período da história as boas relações com o representante da cristandade católica, o papa, conferiam estabilidade a estes reinos, muito devido à importância da religião nas sociedades e à ideia, sempre persistente, da associação do Império Romano à religião cristã.
[3] Cf. Walter Ullmann, The Growth of Papal Government in the Middle Ages. A Study in the Ideological Relation of Clerical to Lay Power, 2º Edição, Londres, Methuen & Co. Ltd London, 1962, pp.85-86.
[4] Apesar de falso, numa perspectiva estritamente histórica, por não ser comprovado por factos históricos, a sua validade em relações jurídicas é inegável, por ser emitido pelo mais importante órgão jurídico do seu tempo, e os seus efeitos na história do Ocidente incontornáveis.
A sua falsidade foi confirmada por Lorenzo Valla em 1440 no documento De falso creditada ed ementita Constantini donatione declamati.
[5] A data da criação da doação não é certa, sendo o período mais provável durante o pontificado de Paulo I (757-767). Sobre esta questão aconselha-se a leitura de Walter Ullmann, The Growth of Papal Government in the Middle Ages. A Study in the Ideological Relation of Clerical to Lay Power, 2º Edição Londres, Methuen & Co. Ltd London, 1962, p.76.
[6] Cf. Jan Dhondt, La Alta Edad Media, 3º Edição, Madrid, Siglo XXI de Espanã Editores, S.A, 1972, p.74.
[7] Cf. José Maria Lacarra, Historia de La Edad Media, 3º Edição, Tomo I, Barcelona, Montaner Y Simon, S.A, Editores, 1971, pp.318-319.
[8] Sendo que só a segunda é que está representada no excerto.
[9] Entenda-se, o mundo conhecido de então correspondia maioritariamente ao Império Romano.
[10] Apesar de não estar presente no excerto, doou também os símbolos, insígnias e indumentária imperiais.
[11] Não se sabe se praticou a religião cristã, sabe-se que foi baptizado às portas da morte. Pensa-se que a sua preocupação e protecção da religião cristã está relacionada com a tentativa de manter unido o Império Romano.
[12] O acto de retirar a coroa relaciona-se com a não satisfação das expectativas do papado, ou seja, pela não defesa dos seus interesses políticos e interferência em assuntos religiosos.
[13] Em áreas como assuntos de fé, doutrina e jurisdição sobre clérigos.
[14] Provavelmente feita no final do século V na Chancelaria Papal.