No sábado, melhor na madrugada de domingo, depois de sair do bairro alto apanhei o 204 (será? um duzentos qualquer que passava frente ao Teatro Nacional Dona Maria II) e sai na avenida do Brasil, verifico os nº dos autocarros nas primeiras duas paragens e nada de duzentos e tal, e exclamo internamente "Tou f*dido!". Avanço um pouco na adita avenida, como faço várias vezes quando prefiro andar do que estar a ser bombardeado por gente que mata e que na mesma frase liquidifica a língua portuguesa (uma espécie de erro gramatical, seguido de uma tentativa de afastar a atenção do ouvinte utilizado um "espécie de eloquência"), ou simples ruído dos carros e velhotes com conversas deprimentes, a contar como a sua existência é agoniante, sem nunca darem o passo seguinte, ou seja, ligarem a torradeira na banheira. Anyway ... lá andei, lá cheguei, lá vi o referido horário lá esperei, lá me passei e decidi continuar a andar para combater o frio ... em suma foi a pé para casa, foi giro, a minha mãe é que não demonstrou grande agrado pelo acto, mas pelo menos ainda não projectou o habitual comentário "tu é que tens de olhar pela tua saúde" . Em suma, pensei sobre o quanto me diverti, sobre outros assuntos menos alegres (reflexão que me fez bem, coloquei algumas ideias nas gavetas correctas da minha mente - viva a categorização mental, labels/etiquetas para tudo e todos a preço de desconto) e ainda num fiquei num estado descritível nesta idade de ouro da auto-estrada da informação como um nanizentupido.com. Além disso vi uma ratazana na rotunda do aeroporto maior do que um caniche, caso para dizer BOLITA BERLIN!
Na minha gloriosa caminhada fiquei a pensar em dois temas que devia colocar no blog, um obvio mediante o que me passou pelo alto do cocurruco, o outro porque gosto deles e apetece-me provocar reacções. Primeiro Guy Lombardo and His Royal Canadians com "Enjoy Yourself" (acordem e vivam!), e "Venus in Furs" dos The Velvet Underground ("Shine, Shine, Shine Boots of Leather" - Weap Me good Babe!)
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