Laura Veirs é uma cantora de cariz "folk", nascida em 1973, que também é geóloga, e que tem um ar fofinho (que tal esta descrição objectiva?). Quando a vi em Portugal no Santiago Alquimista, a uns 4 a 6 anos, teimava em manter sempre a sua chavena de chá (ou seria café? já não me lembro) por perto, da qual bebia um gole aquando do fim de cada tema, usava uns flip-flops (chinelos de enviar no dedo - desculpem o uso do anglicismo mas soa mesmo bem ao ouvido) enquanto nos oferecia (quer dizer eu paguei 16 euros) as suas belas melodias, "jamado" (do verbo to jam - agora não peço desculpas) com o baterista, único acompanhante musical, que demonstrava ser o suficiente para a malta, um punhado de gente, sentir e apreciar o espectáculo (Ah, já agora, ele também é o namorado dela ^_^ , por isso estava bem acompanhada!). Concerto calmo, em que a ligação entre o performer e o público é muito estreita... diga-se de passagem eu estava no máximo a três metros dela. Mas não é só a proximidade física (apesar de esta ajudar), é mais um processo de partilha de emoções, de alegrias, de tristezas, das temáticas dos seus temas que vão do mais comum do dia-a-dia até questões mais complexas sociais. Em suma, GANDA MALHA.
Além de simpática e sorridente, a pobre da laurita teve umas horas no aeroporto a tentar ver se conseguia ter a mala de volta, mas este extraviou-se e como tal não havia cds nem t-shirts para ninguém... parece que só tinham aquela roupa que envergaram no palco.
Para deixar aqui um gostinho desta senhora escolhi dois temas, "Galaxies" e "Don´t Lose Your Self". Este último vem de um frase da tradução inglesa do Ensaio sobre a Cegueira, o imencionável nobel português. A querida geóloga lá falou com o auto-expatriado escritor e teve autorização de apresentar ao mundo uma bela composição influenciada pelo sobredito livro e temáticas abordadas no mesmo, mas não digo.
Galaxies
Don´t Lose Your Self
Sem comentários:
Enviar um comentário