domingo, 17 de julho de 2011

Au revoir nó windsor!

 
Então a ministra mai nova do igualmente mai novo governo decidiu banir às gravatas do seu ministério (cuja designação é cansativa de dizer e chata de mencionar, por isso fica apenas para quem não sabe uma pista: hiper-mega-miscelânea sobre a qual sempre recaíram palavras de apoio nas campanhas eleitorais por parte do partido aZUL; "explicito" o suficiente para si? também acho que não), quer dizer porque não? Porque é que os seus talentosos correligionários, sempre apetrechados de uma bela indumentária ricamente confecionada em Itália, não podem abdicar da gravata para que se possa reduzir a temperatura do ar condicionado nas instalações do ministério no Terreiro do Paço e nos outros locais adjacentes dessa mega estrutura governativa? Quer dizer, é cientificamente testado que tal acto ajuda a reduzir a pegada de carbono humana, reduzindo também o cinzentismo estatal 10% e aumentado os índices de coolizidade pelos menos 14%.


Adeus gravatas cooliside nerd que o António Manuel Quintilhas Vasques Pica-Milho Frango* bem empregava para aumentar a moral e os níveis de coolizidade nos recursos humanos da Praça do Comércio.

Cêntimo a cêntimo reduzem-se os custos de electricidade do referido ministério ... não muito porque dos 10 mil funcionários do dito ministério apenas os de Lisboa é que ainda tinha de usar gravata, e se os ares condicionados forem tão bons como um bom político português, estes vão acabar por indicar no mostrador uma temperatura e gastar os mesmos quilowatts de electricidade (ou mais se se mantiver a analogia do político, que aqui é combinada com aquela coisa que ... hum, como definir? um tipo de pregão popular sobre o corrupto, um mau olhado que os eleitores projectam vocalemente nos cafés após as primeiras medidas que mexem com a sua carteira serem anunciadas pelos média) ... anyway baby steps, afinal de contas já aprenderam que os aparelhos não se desligam sozinhos em casa nem no trabalho (qual terá sido a duração dessa formação?), e se tal lhes acontecia não era a inovação tecnológica a fazer das sua, era mais a empreg... quer dizer, a mãe ou esposa que o faziam.

Em Novembro é provável que se faça um acordo com o IEFP para que os desempregados (já não agora nas estatísticas deste conceito) "contribuam para a sociedade" produzindo mantas e meias (tipo aquelas que algumas companhias davam nos voos transatlânticos), xailes e chouriços*1 (objecto cilíndrico de tecido preenchido por areia e colocado na base das portas para que o frio não penetre) para que a temperatura do ar condicionado não seja aumentada e se poupe ainda mais energia.


Babe sê também uma sex bomb de xaile no teu trabalho.


Já que se aprendeu a publicitar actos pouco significantes para preencher o já deprimente e aborrecido telejornal, porque não contratar uma mega vedeta das manhãs, ou quiça das tardes, dos 3º e 4º canais, para ser o spokesperson do governo, para tornar a coisa mais apelativa, do género uma tempestade de areia (já que é isso que nós querem arremessar para a vista) mas com confettis fuschia, laranjas, verdes, amarelos, azuis bebé e rosas (é sim diferente de fucchia, google it!!!).

* Não conheço ninguém com esse nome e espero que se exista  não trabalhe no referido ministério ... sendo que se tal ocorrer não me processe.
*1 A SÉRIO, ESPERO NÃO ESTAR A DAR IDEIAS A ALGUÉM QUE TENHA PODER DE INFLUENCIAR DECISÕES, OU DE AS TOMAR (MENOS IMPORTANTE!)

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