Adiantado do Reino
ou Adiantado–mor era o titular superior de justiça,
que depois mudou de nome para Meirinho-mor[1].
Era o cargo de maior nível hierárquico entre os oficiais do serviço da casa
real[2].
Alcaide era um nobre escolhido pelo rei, que ocupava uma das mais importantes
magistraturas dos municípios. Exercendo os poderes de governador militar e de
magistrado municipal, intervinha ainda na justiça e na administração económica
do concelho, sempre em nome do rei[3].
Alferes-mor ou
alferes-mor-del-rei
era um cargo militar exercido por um indivíduo que tem como função levar o
guião real nas aclamações dos reis, saimentos e batalhas[4].
Alguazil era um empregado administrativo e judicial, um oficial inferior de
justiça[5].
Almirante-mor era o mais elevado cargo da marinha de um reino[6].
Almotacé era um funcionário municipal encarregado de fiscalizar os pesos e as
medidas, de taxar o preço dos géneros, de verificar caminhos e ruas e de cuidar
da higiene pública. Em períodos de fome tinha como dever distribuir os
mantimentos pela população[7].
Anadél era o indivíduo que lideravam os besteiros do couto. O anadél-mor era o comandante de todos os
besteiros no reino[8].
Aposentador-mor era um fidalgo que serve a casa real, tratando da hospedagem do rei e
do seu séquito[9].
Besteiros do couto era o nome dado ao grupo de soldados armados com uma besta que o
concelho tinha de disponibilizar para a hoste do rei. O carácter profissional
(eram pagos directamente pelo rei), os elevados custos de manutenção da arma e
a dificuldade em maneja-la fizeram com que apenas mesteirais, com certo grau de
rendimento, pudessem pertencer a este grupo[10].
[1] Cf. Augusto Magne, Dicionário da Língua Portuguesa: Especialmente
dos Períodos Medieval e Clássico, Vol. I, A - AF, Rio de Janeiro, Instituto Nacional do Livro, 1950, p.444.
[2] Cf. Damião Peres, História de
Portugal, 2º Volume - 1128-1411, Barcelos,
Portucalense, 1981, p.479.
[3] Cf. Alexandre Flores e António Nabais, Os Forais de Almada e seu Termo:
Subsídios para a História de Almada e Seixal na Idade Média, 1º Edição,
Almada, Câmara Municipal de Almada e Seixal, 1983, pp.81-82.
[4] Cf. Augusto Magne, Dicionário da Língua Portuguesa: Especialmente
dos Períodos Medieval e Clássico, 2º Volume, Tomo I, AG-AL, Rio de Janeiro, Instituto Nacional do Livro, 1954, p.210.
[5] Cf. Idem, ibidem, p.228.
[6] Cf. António de Morais, Novo
Dicionário Compacto da Língua Portuguesa, Vol. I, A – I, 10º Edição, Lisboa, Editorial Confluência, 1961, p.96.
[7] Cf. Idem, ibidem, p.136.
[8] Cf. Idem, ibidem, p.93.
[9] Cf. Idem, ibidem, p.430.
[10] Cf. Idem, ibidem, p.95.
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