quarta-feira, 18 de agosto de 2010

BRITISH INVASION IN 2010 (No, not really)

Eu sou retro, sempre fui, não é que o melhor esteja no passado (apesar da minha área ser o passado), é mais uma onda de ser giro ver o que alguém fez num certo momento, espaço e tempo diferentes e tentar compreende ... e cá vai o regresso das The Like que se tornaram neste segudno LP muito RETRO DIVAS (no bom sentido), agora enjoy a black and white video

Evian skin cream and L'Air du Temps


"A census taker once tried to test me. I ate his liver with some fava beans and a nice chianti"
Hannibal Lecter, in Silence of The Lambs

domingo, 15 de agosto de 2010

Uma Questão de Percepção

Strangers passing in the street
By chance two separate glances meet
And I am you and what I see is me
And do I take you by the hand
And lead you through the land
And help me understand the best I can

Pink Floyd Meddle [1971]
"Echoes"

Opcões ?_?



"Apparently, a democracy is a place where numerous elections are held at great cost without issues and with interchangeable candidates"

Gore Vidal

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Nothing Important Happened In The Last 31 Days

A Independência da Rodésia


Para compreender a U.D.I (Unilateral Declaration of Independence ) da Rodésia é necessário contextualiza-la com os acontecimentos decorrentes nesse período no continente africano e no próprio país.

Após o final da Segunda Guerra Mundial, o equilíbrio de forças no mundo alterou-se. Começou a era das super-potências, os E.U.A e a U.R.S.S, com a China a rivalizar mais tarde com estes dois. As potências coloniais europeias já não possuíam a mesma capacidade de gestão dos seus territórios além-mar, iniciando-se, assim, um movimento de descolonização nos territórios sob o jugo europeu no chamado Terceiro Mundo.

O fortalecimento deste movimento passa necessariamente pelo apoio num conjunto de ideias, que aparecem mesmo antes do fim da Segunda Guerra Mundial, como é o caso do “direito à auto-determinação” dos povos, que figura na Carta do Atlântico . “Desenvolver relações amistosas entre as nações, baseadas no respeito ao princípio de igualdade de direitos e de autodeterminação dos povos, e tomar outras medidas apropriadas ao fortalecimento da paz universal” , estes são os objectivos da ONU, que estão estipulados no segundo artigo do primeiro capítulo da sua Carta, em 1945, evidenciando claramente a mudança de paradigma dominante no mundo. Passou-se de uma concepção eurocêntrica, de imperialismo cultural, onde há uma obrigação moral por parte dos europeus de transformarem outros povos, ainda selvagens, em civilizados , para uma noção baseada no direito das populações autóctones de afirmarem perante todas os outros estados a sua capacidade de se auto-governarem. Esta mudança de paradigma teve repercussões nos próprios africanos através dos seus estudantes, que com o acesso ao ensino europeu, desenvolveram concepções que exaltavam os valores, interesses e diferenças nacionais entre as várias regiões, criando depois movimentos nacionalistas que obtiveram apoio internacional .
Organizaram-se então conferências dos estados não alinhados , que serviram para difundir as ideias a favor da descolonização e para que se organiza-se a sua luta através da elaboração de directrizes comuns. Entre estas reuniões contam-se a Conferencia de Bandung, a Conferência Acra e a Conferência Abis Abeda. Na primeira das quais foi emitida uma declaração, feita pelos vários países participantes, onde se destaca o apoio à “causa da liberdade e independência dos povos submetidos ao jugo estrangeiro”.
Dentro deste contexto é elaborada a Resolução 1541 das Nações Unidas , na qual se expressa o princípio do direito dos territórios sob colonização ou sob tutela à sua autodeterminação, e é, também, criada a Organização de Unidade Africana, com o propósito de promover a unidade e solidariedade dos estados africanos e eliminar todas as formas de colonização em África .

Com a divulgação destas ideias à população geral, começa a luta pela independência dos vários estados africanos. Esta contenda assumiu formas variadas em contextos diferentes, ido desde pacíficas negociações com os colonizadores, passando pela desobediência civil, pelo recurso a actos de sabotagem e, por fim, pelo conflito armado.

A descolonização de África realizou-se num processo gradual, havendo um elevado número de independências entre os anos de 1958 e 1960 . Num elevado número de casos a passagem de poder foi calma, com os partidos nacionalistas negros a ocuparam os cargos administrativos anteriormente pertencentes aos colonos . Neste tipo de transição o caso inglês destaca-se pelo recurso a uma politica de concessões progressiva, controlado assim o processo, facto que visava perder colónias ganhando membros para a Commonwealth. Houve, claro, situações mais complexas em que se teve de recorrer à luta armada e a guerras pela independência, casos da actual Republica Democrática do Congo, a Argélia, o Zimbabwe, Angola, Moçambique e Guiné-Bissau .
Tendo noção deste surto independentista em África, é agora necessário passar a análise para uma conjuntura regional que afectou profundamente a antiga colónia da Rodésia do Sul.

Entre 1953 e 1963 o território em análise era uma colónia inglesa, que se encontrava ligada a outras duas colónias britânicas, a Rodésia do Norte e a Niassalândia, na Federação das Rodésias e da Niassalândia, também conhecida como a Federação da África Central . O vasto e rico território federativo era gerido pela administração de cada colónia e por um órgão federal, no qual a Rodésia do Sul sempre teve grande influência , aproveitando esta posição para o seu desenvolvimento a nível dos transportes, das comunicações, de infra-estruturas várias, como o caso da barragem de Kariba, e para a aquisição de material bélico.

Durante o período da federação, a Rodésia do Sul foi administrada por um governo local, de origem europeia, com grande autonomia face a Londres, que protegia as práticas segregacionistas da sociedade colonial rodesiana . Com a retirada da França da Argélia em 1962, os problemas da revolta dos Mau Mau no Quénia, e a previsível independência das outras colónias pertencentes a federação, é eleito, na Rodésia do Sul, em 1962, um governo de direita, do partido da Frente Rodesiana Nacionalista, que se propôs a alcançar a independência “branca” , realizando-se varias negociações entre a colónia e a metrópole . Devido à política inglesa de não conceder independência a esta possessão antes que fosse garantido o acesso da maioria negra ao poder , Ian Smith, primeiro-ministro da colónia, optou por fazer uma série de actos que serviram para pressionar o governo inglês de Harold Wilson, tais como: a convocação da assembleia de 622 chefes tribais (chamada de Indaba) para obter apoio para a independência do território , e um referendo sobre a independência realizado em 1964 . Em ambos os casos obteve-se um sim retumbante. Continuando a haver relutância por parte de Londres, o governo de Ian Smith optou por declarar a sua independência unilateral .

No dia 11 de Novembro de 1965, às onze horas da noite, o governo trabalhista inglês ficou a conhecer a U.D.I rodesiana . Com este acto a Rodésia seria considerada uma colónia rebelde pelo estado inglês, não obtendo de nenhum país do mundo reconhecimento oficial , e sofrendo com o bloqueio internacional decretado pela O.N.U. . Finalmente em 1979 dá-se um passo em frente na reconciliação dos brancos e dos negros com a criação do Zimbabwe Rodésia e no ano seguinte com a independência, reconhecida internacionalmente e supervisionada pelos ingleses, do actual Zimbabwe.

- Tirei as notas de rodapé, estavam a atrapalhar o pobre, frágil e limitado blogger -

Tired of Lying in the Sunshine, Staying Home to Watch the Rain? Take a Risk in Life

DON´T WALK AWAY IN SILENCE

 
For all the people I miss, that I have missed and that are still missing

Espião Virtual em: ver o teu perfil em Facebook II

Packs Temáticos Parte IX - Rádio Macau

Era Uma Vez (e Mais Não Sei)
Onde o Tempo faz a Curva [2001]


O Reverso do Amor
Spleen [1986]


Entre a Espada e a Parede
Spleen [1985]


No Cenário Habitual
Rádio Macau [1984]

 
Por Linhas Tortas
8 [2008]
 

Packs Temáticos Parte VIII - FRANÇAIS, LA LANGUE D'AMOUR

The Police
Ghost in The Machine [1981]
Hungry For You (J'aurais Toujours Faim De Toi)

 
Melissa Auf Der Maur
Auf Der Maur [2004]
Taste You [French Version]


The Stranglers
La Folie [1981]
La Folie

terça-feira, 10 de agosto de 2010

PENSAR E DESEJAR NÃO MATA ...

 ... mas pensar com a cabeça errada geralmente cria uma grande borrada


I knew she was a feline/ She moved with ease and grace/ Her green eyes they held mystery/ No emotion on her face/ The European Female, she is here!/ (...) I saw her in the Strasse/ And in the Rue as well/ Pursued her in the High St/ She had me in a spell/ The European Female, she is here!

Well, in the worst conceiveble scenario there is only one solution really, TRUSTNO1

O Nada - Versão Anabolizante

 
O Palácio da Ventura

Sonho que sou um cavaleiro andante.
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busca anelante
O palácio encantado da Ventura!

Mas já desmaio, exausto e vacilante,
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o avisto, fulgurante
Na sua pompa e aérea formusura!

Com grandes golpes bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas d'ouro, ante meus ais!

Abrem-se as portas d'ouro, com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão -- e nada mais!

Antero de Quental

domingo, 8 de agosto de 2010

RICARDO III

Laurence Olivier, o clássico e insuperável actor colado Rchard III a Henry VI (salvo erro), fantástico!!!!!!!
Richard III 1955


Ian Mckellen, perante uma abordagem mais recente (temporalmente primeira metade do século XX, golpe palaciano do maneta), uma performance interessante e intensa
Richard III 1995



Revenge leads you to Blindness


"And he piled upon the whale's white hump, the sum of all the rage and hate felt by his whole race. If his chest had been a cannon, he would have shot his heart upon it"
Moby Dick, Herman Melville

Jesus Died For Somebody Sins BUT NOT MINE

Odeio Paternalismos

... quer sejam falsos ou não, respondo sempre que há mais do que uma espécie de parricidas mas ninguém até agora percbeu